Santuário de Fátima recebeu Peregrinação Jubilar dos Operadores do Turismo

 O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana afirmou hoje na Peregrinação Jubilar dos Operadores do Turismo ao Santuário de Fátima que “o acolhimento é um fator primordial na evangelização”, “sem proselitismo”.

“Não fiquemos apenas numa apresentação teórica quer da beleza das nossas paisagens, quer particularmente da beleza do nosso património mas sermos capazes de descortinar o porquê de tudo. Aqui está a importância do acolhimento para poder dar algo daquilo que é a nossa alma”, disse D. Jorge Ortiga à Agência ECCLESIA.

O arcebispo de Braga assinalou que a alma portuguesa está “estritamente ligada à Igreja” Católica, que não pode furtar-se ao “dever e responsabilidade de alertar” os operadores turísticos para que não fiquem numa simples exposição teórica do que se está a visitar.

“Sem impor nada nem ninguém, sem proselitismo, mas com simplicidade e naturalidade dar o que temos de mais sublime e explicar o nosso património imaterial e material”, desenvolveu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

D. Jorge Ortiga referiu que com guias “devidamente formados” a Igreja Católica vai conseguir que o turismo seja um “fator de evangelização”.

O arcebispo de Braga sublinhou que deve existir preparação para corresponder “às expectativas” não apenas económicas e culturais mas também as que poderão “estar ocultas”, como as “espirituais”, comunicando a “alma” do que se está a apresentar.

“A Igreja pode e deve fazer muito, alguma coisa está a ser feita mas ainda é muito pouco”, referiu o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, onde se integra a Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT)

O diretor da ONPT explicou que olham com “solicitude” para os operadores de turismo nas suas “circunstâncias diversas”, nas suas necessidades, na articulação dos vários aspetos da sua vida e no cuidado.

“Toda essa dimensão do cuidado com a pessoa mobiliza-nos a trabalhar com todos independentemente de terem ou não fé”, acrescentou o padre Carlos Godinho.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o sacerdote da Diocese de Coimbra alertou que numa época em que o turismo “ainda é visto como área da economia” pode-se “centrar demasiado nos números” e esquecer as pessoas.

Quando Portugal é cada vez mais procurado por turistas e o Porto, por exemplo, foi eleito «Melhor Destino Europeu 2017», o padre Carlos Godinho considera que é necessário “investir cada vez mais” na relação de proximidade porque “só assim faz sentido a pastoral do turismo”.

Maria Teresa Torres, que acompanha grupos de peregrinos estrangeiros ao Santuário de Fátima, entre outros, manifestou a “grande alegria” de celebrar o seu jubileu “como católicos” e pela oportunidade de conhecer “mais e melhor” a mensagem mariana da Cova da Iria e “todos os locais” que na sua profissão mostra aos peregrinos.

Para além de aumentar o conhecimento e rezar, a entrevistada destaca do encontro nacional é um momento de “encontro” entre os guias intérpretes e com Nossa Senhora.

Porque nem todos os turistas “são peregrinos”, Maria Teresa Torres explica que os guias devem “ser neutros” e saber qual é o grupo que tem à sua frente para adequar a visita que vai fazer: “Especificar mais no caso de serem peregrinos ou menos se forem só visitas artísticas.”

A Peregrinação Jubilar dos Operadores do Turismo ao Santuário de Fátima propôs a participação numa Eucaristia e num encontro onde D. Jorge Ortiga apresentou o tema ‘O acolhimento atividade turística’ e o reitor do Santuário de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas, falou sobre ‘A Mensagem de Fátima’.

HM/CB/PR

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